sábado, 13 de junho de 2015
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Facebook e a praga dos banners
Ando um tanto fastiada com a quantidade de banners fazendo alusões à "sabedoria" e a "integridade moral" vindos de muitos amigos meus do Facebook. Adoraria que 5% deles realmente cultivassem as virtudes que pregam com tanto orgulho. São citações majestosas, pomposas, sempre atribuídas a grandes filósofos e personalidades que infelizmente não mais estão entre nós para protestar quanto a veracidade das fontes, coitados.
Mas há os religiosos que desafiam, "demonizando" os que ousam não crer ou não ter fé: a ameaça explícita é o bilhete de ida para o inferno! É uma sanha impiedosa! Outros utilizam-se do velho truque do auto-enaltecimento com dizeres do tipo: "Quem tem luz própria não tem culpa de quem vive na sombra" ou "Desculpe se meu brilho ofusca a sua escuridão", e por ai vai. E se a pessoa não curte, ela, supostamente, é a qual estão se referindo nos benners, a que a carapuça vestiu! E já vi muito gente boa postado estas tolices e outras tantas tratando de "curtir" para não estar do lado de fora, os párias! Há dias em que me divirto vendo essas coisas, mas noutros me pergunto qual seria a diferença entre esses postadores de banners infames, para a criança que numa certa idade, tipicamente confronta a outra com frases do tipo:"meu pai tem um BMW e o seu não tem" ou "na minha casa tem bolo de chocolate todo dia, na sua não tem" São tão infantis quanto. A competição, a maldadezinha, o tal bullying tão em voga ultimamente, é o mesmo: a vontade de parecer ser melhor aos olhos do outro, o que é, nada mais nada menos, que insegurança e baixa auto-estima. E já vi gente acima de qualquer suspeita utilizando-se deste recurso. E como não podia fechar este assunto sem antes fazer a tradução do mesmo num ditado famoso que bem poderia ser mais um banner replicado por centenas de amigos: "Se pudesse um espírito que chora, olhar através da máscara da face, tanta gente que inveja nos causa hoje, talvez piedade nos causasse" (desconheço o autor)
Autor: Cynthia Kremer
Tertuliano
Que foi um paspalhão desde fedelho,
Tipo incapaz de ouvir um bom conselho,
Tipo que, morto, não faria falta;
Lá um dia deixou de andar à malta,
E, indo à casa do pai, honrado velho,
A sós na sala, diante de um espelho,
À própria imagem disse em voz bem alta:
- Tertuliano, és um rapaz formoso!
És simpático, és rico, és talentoso!
Que mais no mundo se te faz preciso? -
Penetrando na sala, o pai sisudo,
Que por trás da cortina ouvira tudo,
Severamente respondeu: - Juízo. -
- Artur Azevedo -
Intimidade
E toda essa gente te mira cobiçosa,
És bela - e se te não comparo à rosa,
É que a rosa, bem vês, passou de moda...
Anda-me às vezes a cabeca à roda,
Atrás de ti também, flor caprichosa!
Nem pode haver na multidão ruidosa,
Coisa mais linda, mais absurda e doida.
Mas é na intimidade e no segredo,
Quando tu coras e sorris a medo,
Que me apraz ver-te e que te adoro, flor!
E não te quero nunca tanto (ouve isto)
Como quando por ti, por mim, por Cristo,
Juras - mentindo - que me tens amor...
- Antero de Quental -
Vaidade
- "Ai Maria, vem depressa e desamarra este colete, pois já temo estourar como um foguete!
- A Nhazinha está tão bela, mas enfim dá tantos ais...
- Ó, espera! Estou bonita? Pois então aperta mais!"
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Desejo
Amor cigano, ardente e profano
existindo nas sombras de escassos lugares
fragmentado e perdido por todos os ares
lançados na treva os corações da bruma
resistindo no vento, em suma.
E na manhã seguinte, o lado escarlate
a sensação repentina de trocar vestes ser
mudado.
E tudo estancou. Não mais pude divisar teu corpo
que de mim escapou, esboçando voo para outros lugares.
Transformado o sonho em fracasso,
joguei no abismo a fantasia.
Ceguei meus olhos soltos no espaço
buscando tua imagem que eu não via.
Amor cigano ardente e pagão,
a mim não cabia
porque cigano era o amor
e eu não sabia.
C.K.
terça-feira, 8 de março de 2011
Oldness
I will not be hypocrite saying that it is a glorious stage of life nor glorify oldness with the clichés about being less fool as when you are young, and so on, Because the oldness is a disaster! (not to say the worst thing) In every senses, and very relative for wisdom: if you were a fool when young, you may probably become an old fool - Lets say that 50% remains a fool and another 50% got some wisdom with time. I am not that old (yet) but if I had the experience of life that I've got nowadays, with my 20's, OMG...my life would be very different. That fits To all of us. Different. For good or not. All depends of who we are.
I was watching a video from David Gilmour, Pink Floyd vocalist, to whom I felt in love when I was 12, 13 years old. He was just 26 at this time and so handsome, so beautiful...then as all of us, he got old, and today is pretty sad to see what the time can do with our appearance. Anyway, I already thought about that, and we have 3 choices:
1. Kill ourselves while we are still good looking and young (in extreme cases of vanity and madness).
2. Try everything, such surgeries, miraculous moisturizing lotions,ageless firming body creams, and all kind of technologies to keep us away from looking old for just a few years (which can be a very paranoid and stressful attitude)
3.let it go! Try an alternative way of life, become yourself a hippie, be different, and make it visible to others, that's your choice. Affiliate yourself to an alternative group, like Greenpeace, or something directly linked to the environment stuff, they use to be very detached with personal vanities. That's it.
The worst choice is to stay undecided, in the meddle of all propaganda from the media that want us to keep the illusion that we will stay young FOREVER using their products. It just make us feel really bad because it's impossible to buy all creams that promises miracles, to do all plastic surgeries that will be suggested. It is also hard to try all alternative procedures available. So, we, (unless if you are very rich) besides getting old, overwhelming and frustrated, can get depressed.
I guess my choice is the number 3. Or not. Well, I am not decided yet. :)
Have you any new idea? What would be your choice?
Autor: Cynthia Kremer
domingo, 6 de março de 2011
Feeling Fear
I am writing some posts with themes about relevant subjects to me, giving my view about them. But I would love to hear from you what is your opinion over them.
Today is about: "Fear"
I think our primitive fears are useful to protect us from dangerous situations; the kind ones that put ourselves in imminent risk of death, for example. But there is a pernicious fear, a biggest entrapment that can make us paralyzed, not allowing us living as we want or we are; and this fear is always emanated, conveniently, to manipulate us in all kind of levels: from religions dogmas, to the parents in afraid to lose the control. This kind of fear, always comes from above, from the power, in a intent to intimidate and make us weakened, so we can be guide and follow the "rules" whatever they are. And unfortunately this is the nature of human being, even unconscious, but most of times, conscious, and with a sweet taste of domain by the power.
So, what do you think about "Fear"?
Autor: Cynthia Kremer
sábado, 12 de junho de 2010
Resiliências
A distância do meu amor
perturba a paz
que já suposta
há logo atrás daquela porta
em que forço entrada
em desespero
querendo e querendo
colocar no lugar imaginado
o que por hora
o tufão dispersa
Ausente,
na abstração de um gesto teu esquecido
enquanto tua face se desfaz
na falha química de minha mente
que de tanto tentar te fazer presente
em desespero,
te perde lentamente
C.K.
Sinto tanto e de tal forma
o fogo abrasivo do meu desejo
que iludo-me na hora extravasada
e sendo assim não mais revejo
memória exaustiva de um único beijo
prolongado em ânsias de jamais!
C.K.
Autor: Cynthia Kremer
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Espiritualismo
"Dreaming of the Sea" by $zilla774
Fonte:DevianART
Junto do mar, que erguia gravemente
A trágica voz rouca, enquanto o vento
Passava como o voo dum pensamento
Que busca e hesita, inquieto e intermitente,
Junto do mar sentei-me tristemente,
Olhando o céu pesado e nevoento,
E interroguei, cismando, esse lamento
Que saía das coisas vagamente…
Que inquieto desejo vos tortura,
Seres elementares, força obscura?
Em volta de que ideia gravitais?
Mas na imensa extensão onde se esconde
O inconsciente imortal só me responde
Um bramido, um queixume e nada mais.
(Antero de Quental)