terça-feira, 21 de julho de 2009

Soneto Lunar


Ainda ando com a LUA em meus pensamentos; assisti um documentário sobre a missão Apollo 11 no History Channel e fiquei horrorizada com a precária tecnologia da época, e com a enorme coragem daqueles astronautas...mas ainda assim, vendo toda parte científica envolvida naquele feito, não consigo ver a lua sem ser de maneira poética e meio mística até. Por coincidência, meu nome "Cynthia" significa "Lua" em grego. Meu signo é Câncer, que é regido pela lua...e eu amo a noite! Sei não, mas aí tem...ah, eu sei, tem é papo de "mulherzinha" falando de significados, e bobagens afins, mas quer saber, posso me dar ao luxo de ser tolinha de vez em quando (aliás, sou com mais frequência do que gostaria!)
Mas então lembrei de um verso que escrevi há bastante tempo atrás e que estou postando aqui:

Soneto Lunar


A lua há de estar cansada de tanto que bebe luz.
A lua há de estar cansada...
minhas dores sobem num monte para cravar uma cruz
e queixas caem no solo como se fossem lágrimas...
a lua há de estar cansada
de tanto que bebe luz...
- Me contaram que um gigante
com um escudo de prata
e um cabelo acinzentado,
montou no cometa branco.
pelo céu, o elevou...
por mares e por montanhas,
pelo céu, tudo mostrou.
Mas ao chegar o sol lascivo,
não hesitou atrapalhar...
E o gigante disse: não!
E o sol insistiu em dominar...
Fel, tirava do escudo,
o gigante a soluçar.
Mas o elo se cortou
de tanto esbarra que esbarra...
E foi assim porque no céu,
de noite ficou incrustada
essa lua, lua escudo
que fora cometa branco...
Se minha alma fosse lua,
(alma lua solitária)
Também seria cansada...
Minhas queixas sobem num monte para cravar uma cruz.
A lua há de estar cansada
de tanto que bebe luz...


Autor: Cynthia Kremer

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